Quanto tempo fazia? Um mês? Dois meses? Não, um pouco mais do que isso desde a primeira noite estrelada juntos. A diferença é que naquele dia os dois não foram parar nos mesmos lençóis em meio a beijos e abraços e apertos e afagos e suspiros e gemidos.
Olhando-se no espelho sentia-se a mulher mais realizada da face da terra e pelo espelho conseguia ver refletido ali o homem deitado naquela cama pela enésima vez. Era sempre assim, era necessário só um olhar, eram feitos um para o outro, fazer o que? As moléculas de carbono dele chamavam as moléculas de carbono dela bem como todas as outras moléculas de outros elementos químicos se atraíam. Sifonia, sincronia.
Então, foi até a cama novamente, o dia estava bem mais claro e o quarto estava bem mais iluminado. Sentou-se ao lado dele, inclinou-se um pouco, apoiou-se sobre seu braço direito. E começou a observá-lo. Chegou pertinho só pra ouvir a canção do seu inspirar/expirar. Encostou sua testa na dele, talvez com muita força, pois o anjo pôs-se a mexer-se e a espreguiçar-se.
Abriu os braços, piscou uma ou duas vezes... ela também não conseguira contar quantas vezes os olhinhos miúdos piscaram. E ele sorriu. E então, aquele foi um bom dia.
5 comments:
adorei esse texto...já tava ficando sem ar...pensei até que ele acordaria....tive aquela sensação de amor adolescente...bons tempos...
era essa a intenção...e na hora que ele acorda, o conto acaba, então tudo fica a critério da imaginação :)
ah, o amor.
Nada melhor para começar um bom dia.
É o amor...
nossa deu vontade de conhecer esse sujeito pela descrição
heheheh
o comentário do Rhero é meu...é que tava no PC dele...desculpe ehh
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