Sunday 5 April 2009

A poesia do quem

Quem és tu menino
De afago ilusório
De personalidade inventada
Que me põe em desatino
No poetar, compulsório?

Quem és tu que de tempo em tempo
A minha porta espreita
Sorri em silêncio e amedronta-me
A poeira da minha confusão assenta.

Me pergunto quem és
Lá dentro no mais profundo tu és
O que és me pergunto
Eu pago, eu morro, eu choro
Só pra saber se és

Aquele que me iluminará
Ou aquele que definhará comigo
Aquele que me maltratará
Que me levará ao chão
Ou me carregará no colo, consigo.

E quem és? Quem está posto à frente do espelho?
Quem se oculta na face imunda
Do meu mundo em vermelho
Que pouco a pouco a minha vida afunda?

Teu corpo à pele arrepio não causo 
Te desconheço pois é tudo meu sonho
A imaginação me engana não larga
No meu encalço, a saga desse demônio

No alto do meu castelo estou posta
Enrolada na minha veste branca
Na maldição da solidão sem piedade
A paz do meu coração espantas.

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