Sunday 22 February 2009

O quarto escuro era o mesmo. As paredes escureceram com o passar do tempo. Sim, aquele mesmo tempo que escorre pelos dedos quando abrimos a palma da nossa mão e por inocência, talvez, tentamos encontrar o futuro. 

Não... não existe nada demais naquelas linhas, aqueles riscos. O que existe é um vazio quando a gente vê os minutos escorrendo pelo chão. E os anos? Ahh, chega  a sufocar, é pior do que afogamento. Lembranças ruins, destruição, tristes lembranças. O que ganhei? O que perdi? Ah tão imensurável gama de vida que deixei escapar. 

Não contenho as lágrimas, meu rosto logo mergulha na minha própria dor e no meu vazio e a única coisa que pode me fazer sentir viva é pensar no perdido. 

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