Friday 12 September 2008

Não tenho isso por costume...

Na aflição
Da passagem tênue dos minutos
Olha no relógio
É tempo de ver
Encontrar

Um olhar
Mais um olhar
Mais um daquele olhar
Em um próximo corredor
Em um próximo sopro de vento

Anseia
Dobrar as esquinas
Atravessar todos os campos
Verdes e de grama fofa
Anseia
Chegar na porta
E deparar-se
Com esse sol que brilha

Absorta
Por um par de olhos
Que etremece
Paralisa
Quando te faz ficar
No seu campo de visão

Pensativos então
Olhando, olhando
Olhando para o lado
Olhando para trás

Eminente é a voz
Mas o olhar ainda
É dominante
Sem prazo pra abandonar

E o mais bonito
É o pensamento
O pensamento que com ele
Traz as nuvens negras
Que irão abandonar o dia

Eufórica
Sorri
E pensa consigo
Que esse é o início do fim
Seus olhos agora
Brilham unicamente
Para aquela que...