Não sei se devo olhar nos teus olhos
Ou se desvio agora
Para onde estou desviando?
Para quem estou olhando?
O sol desce, o brilho devanesce
Ele me persegue, ele me cega
Ele me segue
De quem estou falando?
A quem estou procurando?
Quisera eu poder te pedir perdão
Ao invés de te cortar profundo
Com toda minha confusão
O que era belo agora se faz dúbio
Dúvidas, dúvidas surgindo então
Não que seja pouco
Não que não seja amor
Não que foi em vão
Não que esteja ruim
Eu transfiguro a realidade
Pra buscar a melhor ficção
Cravo no meu peito como tantas outras vezes
E sangro até cansar
Até parar de pensar
Em quem estou pensando? A quem estou me doando?
E nessa ida e vinda
E nessa dança divina
Que perco a alma
Perco a vida
Faço você perder a linha
A quem estou enganando? A quem estou amando?
1 comment:
Belos versos, Su: "Eu transfiguro a realidade/Pra buscar a melhor ficção". Acho que nesses 2 versos está a chave pra o título do poema, que tal? parabéns. Uma vez poeta sempre poeta. Ah, e parabnes pelo Dia da Poesia, que foi ontem, 14/3. Bjs e bye. Zé.
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