Sinto necessidade, extremíssima de escrever algo que transcenda barreiras do que se é entendível (existe essa palavra? pois se não existe, invento-a agora!). Vontade essa que todo poeta/escritor/intelectual ou pseudointelectual tem de jogar a verdade na cara de quem lê. Vontade de arrancar daquele peito e daqueles olhos algum tipo de emoção, tampouco importa se amor ou ódio, emoção é o que importa.
Não escrevi nada sobre Natal (milagre, é sempre a mesma hipocrisia de sempre), nem sobre o ano novo, não faço resoluções mas tive tempo de pensar em algumas não divulgáveis nesse espaço.
Fico aqui tentando escrever algo que nesse espaço de tela de computador explique um pouco o que estou sentindo no momento.
Um vazio...vazio king size, vazio tamanho da praia do Cassino, vazio labirinto, vazio do fundo do poço sem fundo. Solidão que engole a lua na noite que fora iluminada pela mesma, mas a solidão é capaz de apagar qualquer lua, qualquer raio, qualquer alminha que tente com um sorriso trazer a luz de fato.
E cada minuto o relógio, o dia, cada mês, minha vida vai sendo tirada, pouquinho a pouquinho e me vem à mente aquela impressão de que é preciso fazer muito a todo tempo para que nada seja perdido, principalmente os segundos que escorrem com facilidade...(eu ia comparar com macarrão no escorredor, mas que comparação patética!).
Meus olhos, só pra ti meu sonho, só pra ti meu príncipe sem face, sem nome, sem identidade. Só pra ti a minha vontade de continuar vivendo tendo a certeza de que jamais irei te olhar nesses olhos que mesmo sinceros me trairiam, isso se nos conhecessemos.
Cubro-me com as ironias da vida, os objetivos que foram alcançados, algum estímulo por parte dos amigos e sempre, SEMPRE uma bebida alcóolica pra me lembrar como é bom esquecer o quanto devemos ser reais.
Enfim, digo tudo, digo nada. Alma de poetas, essa mania incansável de mostrar tudo, refletir tudo, eterno espelho. Que ninguém entende.
(Alma de Poetas, o erro de concordância é proposital, afinal, poetas possuem alma única, universal. Nem todos falam a mesma coisa, mas todos se entendem num curto espaço que é o início do parágrafo e o ponto final.)
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