Não tenho produzido nada de importante nos últimos dias...pode-se dizer que deixei a poesia de lado, pra viver algo que nem eu mesma sei o que é. Algo que todo mundo vive, mas sinto de maneira diferente. Talvez porque tudo pra mim sempre foi diferente, nunca consegui me aproximar do que acontecia com as outras pessoas. Pra mim, tudo diferente, o sistema funciona de outra forma. E isso me irrita? Claro. Seguir o sistema já não é uma boa, imagine ter um totalmente diferente do resto do mundo.
Está tudo muito estranho aqui dentro de mim. Tem dias em que posso sentir tudo voltando para seu lugar, todas as coisas se acertando e em outros, tudo parece desabar. Queria correr, fugir um pouco...ou pelo menos sonhar que as coisas poderiam ser diferentes, ah como eu queria ser diferente...mas ao mesmo tempo igual a como sou agora, como penso e sinto o mundo!
Nada parece fazer sentido, nada parece ser concreto, tudo parece ser a realidade virtual que se passa diante de meus olhos. Ahh eu queria...queria muito e por querer muito e não ter não posso nem me dar ao luxo de pronunciar a palavra que denomina essa coisa que tanto quero...
Liberdade...paz...sensação de leveza...onde será que estás? Onde?
Parece que a capacidade de entender as coisas me foi roubada...e com ela, a capacidade de perceber a vida e escrever sobre a vida...sou um rio que parou, a folha de outono que caiu e nenhum vento levou...sou a música que ninguém ouviu, o livro que ninguém leu...quem sou eu? Nada...apenas um grito na escuridão...mar furioso imenso dentro de um buraco negro que me revoltou e me fez dizer essas frases...eu não fiz mais nada. Virei questão, pouca emoção, nada sobrou.
No comments:
Post a Comment