É um doce, terno
Um sereno e pacífico
Olhar de criança
brincando no jardim
Fico aqui
paralisada, encantada
esperando
apenas esperando o momento
de um dia tomar
essa pele alva
na minha pele
e selar o conforto
de sentimentos certos
Mas aqui
de meu humilde observatório
Onde ficas tão longe...
Tão denso
Esse teu sorriso
Ah falar, não consigo falar
Enquanto você equaciona
Ah querido você sabe do que falo!
Eu te admiro
Minha alma revira-se
Dentro do meu corpo
Querendo tomar-te em
Meus braços!
E aqui, no meu íntimo solitário
Enquanto dormes ou viajas
Em um pensamento breve
Apenas imagino
Quando vou tocar novamente
Teus lábios nos meus!
Agora venha comigo
Fique aqui do meu lado
Não vê que as estrelas brilham
pra você agora?
Elas sempre brilharão
E sempre terás em mim
Um lugar pra repousar
Uma lágrima tangencia meus olhos
Foi tudo imaginação! Ilusão!
Tudo pode ser
Ainda não é ao certo
Que custa em mais uma poesia
1 comment:
Oi, Su. Imensidão azul é uma bela poesia, com uma construção poética que vai desencadeante palavra após palavra. Expressões como "observatório" e "lágrima tangencia" demonstram o domínio que tens do texto e do sentimento narrado, idealizado, focado nesses versos. Com certeza um convite pra leituras e releituras. Um poema se lê nas entrelinhas, no que ele diz e no que ele deixa de dizer... Dizendo sem dizer vc fala de coisas universais e ao mesmo tempo costumeiras, mas vai cativando o leitor. Parabéns, adorei mais um belo poema, amiga. Essa safra é como vinho. Um abração, Zé.
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