Algumas vezes, no fim de domingos chuvosos, tendemos a dizer coisas nas quais acreditamos mas tememos acreditar.
Não sei quando terei paz plena. Não me refiro aos problemas triviais das segundas-feiras e etc. Inquietações, isso sim! Uma frase e pronto... uma filosofia mental se inicia e não acaba mais. E achamos a resposta e a resposta dói no fundo da alma (ou do poço). Saber é sofrer. Ter consciência das coisas, enxergar aquilo que está por vir. Isso é inquietação eterna e guerra interna que durará a vida inteira. Que vida será essa, então?
Quando das viagens longas, olhando pelos vidros da janela, a paisagem passa rápido. Algumas crianças pobres aparecem aqui e ali, de relance. O veículo corre rápido. Uns animais, uns sujeitos, gente de toda sorte. Gente que repugna, que causa náusea e pena às vezes. Sinto isso porque penso. E pensar é quase como morrer.
Desisto de pensar e sigo murmurando a música. Qualquer coisa que seja, não importa, o mundo continua, para que se importar?
Pensar é inevitável.
1 comment:
"E pensar é como morrer."... Fiquei embasbacado com a profundidade desses pensamentos. Um recorte do tempo, o qual poderia estar presente na mente de qualquer pessoa contemporânea... simplesmente belo demais!
Lindo texto!
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