Wednesday 15 April 2009

Madrugadas Insanas #11

A noite, que por tantas vezes colocou-me chorando para dormir no meu travesseiro de duras penas de vida sofrida, hoje me acalentou. Trouxe teu semblante de anjo, passo suave, dobrando no corredor. E como poderia eu, mera submissa, mera escrava do teu sorriso e do teu olhar deixar com que esses detalhes expirassem assim pelo ar? Contemplei e não poupei sorrisos. Falei e não poupei olhares. Toquei e não poupei carinho. E cada piscada de olho que eu dava era como se eu estivesse conversando coisas além contigo. Nada daquilo que estávamos falando, não! É...bem sabes que não era aquela conversa que estávamos tendo. Era meu queixo apoiado nas mãos enquanto observava teu sorridente semblante ao comentar coisas que nem sabias o motivo de dar tamanha importância mas falavas e eu simplesmente rendia-me a algo que um dia já tivera ido embora. Mas trouxeste contigo, debaixo do teu braço, envolto nos teus dedinhos que tanto me encantam. Trouxestes ali, invisivelmente embrulhadinho... o meu amar, o meu por ti querer...

1 comment:

ricardo ara said...

ja gente falando que a noite são para poucos - que tem que saber a hora de largar a noite...concordo...mas a noite é essencial, fundamental

insanas então...

obrigado pelo elogios no meu blog, curti muito teus textos e poemas também.

estou te linkando pra não esquecer de voltar