Na fila do banco...
Na parada do ônibus...
No corredor vazio,
Ou até mesmo no movimentado...
Poderia ser você.
Sinto tanto a tua falta. Quando a noite me traz um peso extra para que eu carregue. O Caio sempre tenta me ajudar. Ele me diz que tudo há de ser doce e para deixar o barquinho navegar a deus dará, será que dá? Eu confio nele mas as linhas apertam-se todas em meu peito. Não sei qual desfecho isso terá.
Tenho medo de não reconhecer o toque de tua mão, de ficar indiferente ao olhar do teu olhar, medo de calar quando me dirigires a palavra. Tudo o que sou, tudo o que me tornei foi medo. Medo sim. Porque durante muito tempo eu quis criar a tua face em todos os muros, todas as capas de caderno.
E agora existes assim. Invisível. Só consigo sentir a ti... esvaziando cada vez mais o abismo de meu peito.
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