Monday 9 March 2009

(A) versar

É com grande gosto que recito
Os versos que te crio
Com o que encontrei de mais bonito
Sob as luzes do infinito

Procuro com muito cuidado
Colocar teu coração calado
Nas lacunas de uma nuvem confortável
Para que fiques sossegado
Aninhado em meu sentimento inabalável

É com pranto que banho teu olhar
Porque dobras as esquinas das ruas
Bebes teu âmago sentado à mesa de bar
Para depois beijar minhas mãos que são tuas

É com grande orgulho que incito
Que evoco, divago e repito
Como é bom ter teu semblante
Para poetar versos rimados
Que afirmam tanto o que tenho dito
Que tenho medo de segredos revelados

Tento me abster da abstração
E sempre quando penso em ti
Em voz baixa, para não chamar a atenção
Sinto que morri
Acanhada pela tua escuridão

Não crio nada que seja invisível
Talvez tu evites depositar aqui o teu olhar
E se alguém fala alguma coisa é o meu lírico
Que por ti me faz versar. E querer parar de versar.

2 comments:

Mel said...

Tu deve escrever um livro e publicar teus escritos.
São tão lindos e mágicos.

Mr. Rickes said...

Cada dia que passa fico mais fã.

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