Tuesday 17 March 2009

Ele, é...

Ele é poeta
Mas não é sobre sorrir seu poetar
Sua alma ainda não é toda desperta
Sua agonia é um singelo sussurrar

E toda essa dor que o corpo invade
Um calafrio, uma febre, uma indisposição
Escondo-me entre prosas, covarde
De tanto medo de partir meu coração

Teu nome já escrevi
Por toda superfície que me permeia
Se nos meus devaneios me perdi
É porque recuso castelos de areia
E quero juntar-me a ti

Mas pareces distante
Num eterno adormecer
Em uma auto-entorpecência
Te entregas ao sofrer

Tu és um anjo caído
Dizes ser mero acaso
Mas vejo em ti um fingido
Louco, debatendo-se, para descobrir-se amado...

3 comments:

Silvana Bronze said...

Oi moça,
Não sei quem parece mais entregue ao amor: se é o moço que tu descreves ou tua moça interior. Adorei!!
A propósito, botei um linkzinho de retorno lá no meu blog, tá?

Mel said...

Que coisa meiga!
Bonito de ler e mais ainda de sentir o que dizes.

César said...

É bem assim como tu dizes. Aprendemos muito, sim. Fiquei realmente impressionado! E quanto mais coisas a gente descobre mais nos damos conta do quanto falta aprender. Com relação aos teus textos, são duas as coisas que mais me chamam a atenção, portanto o que mais aprendo contigo através deles: o teu ímpeto de escrever, quase compulsivo, como o pessoal bem diz, ou seja, a tua vastíssima produção, e, além disso, a tua capacidade impressionante de criar cenas, ambientes, atmosferas, quase que palpáveis ao leitor; realmente notável e muitíssimo importante, ao que me parece! Parabéns, mais uma vez!