Bem, peço toda a atenção nas linhas que seguem, porque a coisa é séria. Aplicando uma técnica machadiana peço a você, LEITOR, fique atento.
A realidade é que eu vim aqui me defender. Ou defender a moça que escreve nesse blog. Sim. Eu sou o eu-lírico da moça que escreve no blog!!!
Vocês ficam desejando-na toda a sorte quando chegar na esquina pra finalmente falar com o carinha dos sonhos dela, mas não, não! Sou eu (lírico!) que estou à poetar versos e versos, e à pensar durante dias e dias em como fazer isso! Desejem sorte à mim, por favor, pois vou precisar! Até seres imaginários precisam de sorte, sabiam?
Tá, supondo que sim, que sejamos a mesma pessoa. Uma pessoa é composta de várias pessoas "inside", não? Tá, chamem de vários estados de humor, personalidade, bipolaridade ou os cambal. A realidade é que temos muito mais reentrâncias do que podemos imaginar. Só isso.
E talvez por assim dizer, posso me atrever a suspeitar supondo a hipótese de que sim, eu e a moça do blog somos as mesmas. Só que ela tá ali no mundo real e inventou de gostar um milímetro a mais de um carinha. Eu pego essa fantasia toda, pego os pensamentos dela e todas as coisas que ela passou (e não passou) com ele, e me aproprio. Pois posso fazer isso!
Eu sou a idéia que a desperta quando ela está vendo televisão, o impulso que a faz correr pro computador pra digitar tudo isso aqui. Sou o suspiro que ela dá depois que termina de escrever pois ela, e talvez mais alguma bifurcação de sua alma que desconheço, pensam mesmo em ir pegar aquele cara lá da esquina. Eu particularmente não o acho tão interessante... mas a guria... valoriza tanto essa criatura e eu nem entendo o motivo.
Só por causa dos"olhos-miúdos-cheirinho-do-pescoço-dele-que-não-consigo-esquecer"... eu hein. Claro que não poderíamos ser a mesma pessoa. Somos diversas faces de uma mesma moeda unilateral.
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