Bato na porta de casa
Como a chuva bate no telhado
Insisto entrar num local proibido
Eu tenho medo dessas águas rasas
Finco a estaca no peito
A angústia ainda é morna
Matando a espera
Olho nos olhos de um ser maldito
Esquecer os espinhos, ah quem me dera!
Caminhos, desvios
Eternos labirintos internos
Só percorreria o abismo se fosse do avesso
Mas corro pelos becos
Com meus pedaços enfermos
Toca música onde baila a inspiração
Dança girando pra longe da luz
Dança cruzando a fronteira da escuridão
Rodopia me lançando à cruz
Suporta esses versos tímidos
Cabisbaixos, rimas fracas, sem mistério
Assume que nada tens de vívido nem vivido
Te recai a culpa do escrever inútil
Do talento que parece estar por agora perdido.
2 comments:
Tá lento, não perdido!
E notas da velha e boa perdição encontram-se sempre na pauta da discussão!
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