Friday 6 February 2009

Epopéias obsoletas #1

Divago sob a tutela de influente escritor russo na tarde quente de dezembro. Os movimentos tomam uma proporção obsessiva, compulsiva, beirando a loucura. A loucura de fato, não a loucura metafórica e quão petulantes somos ao denominarmo-nos loucos só por pensarmos que somos especiais.

Ah, seres humanos! Será que não enxergam que até nossas diferenças existem para que no final das contas sejamos todos iguais? 

Impressiona-me o fato de ainda deparar-me com pessoas que acreditam em tamanha tolice! Não podem conceber que há a eternidade da alma mas rotulam-se de loucos. Pobres criaturas pobres de espírito que recorrem a adjetivo tão tosco para sentirem-se de fato superiores, diferentes, especiais.

Hoje não permito-me o ódio. Este já consumiu minha alegria de viver, minhas faculdades mentais, meu brilho (ainda que obscuro) no olhar. 

O mundo apresenta-se tão belo quando conseguimos lavar nossos vestígios dele. É preciso cantar para não devanescer. 

E as pessoas perdidas...debatem-se contra seus tecidos epiteliais com a velha finalidade de sempre...

1 comment:

Unknown said...

Me senti "petulante", "tolo" e "pobre de espírito" lendo esse texto, porque eu sempre gostei e defendi os "malucos" e me considero um pouco "maluco". Mas, provavelmente, tens razão.