Eu nunca tinha reparado se tinha problemas com o teu cheiro ou não, mas acredito que a partir de um certo momento...sim, passou a ser problemática essa interação entre o teu perfume e os meus sentidos.
Não precisa estar muito perto e eu já sinto o aroma que nem consigo descrever, pois tudo mistura-se à imagem que tenho dos teus cabelos ao vento, os teus olhos, sempre piscando rápidos, atentos, olhos de águia.
E é como se todo mundo que passasse na rua, tivesse esse mesmo cheiro. Não, não és igual à todo mundo, mas eu te procuro em toda e cada esquina e parece que só esse aroma pode me levar lá.
Teus olhos vivos lembram a morte do meu coração que já não se sustenta mais. As tuas mãos que tanto criam, lembram o meu corpo já entorpecido, que nada sente. E os teus lábios que tanto (en)cantam já não me procuram mais, nem no escuro nem na meia-luz do luar.
E esse cheiro... ahhhh...
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