O que faria a Freak ao sair do departamento de Matemática (mais precisamente do laboratório de informática)? Iria para a parada esperar o micro ouvindo suas musiquinhas no mp4.
Mas foi algo tão estranho...ela estava sem o mp4 mas com muitos pensamentos aflorando, querendo sair e como anotar tudo isso? Nessas horas o celular é um quebra galho.
E ela foi anotando, anotando, anotando...e deu nisso:
A vida mudou, ficou um quebra-cabeças onde nada se encaixa, até a confusão faz sentido mesmo sendo feita para ser confusa.
Que feixe de vida é esse que me empurra para algo tão compreensivelmente estranho, simplesmente complexo, inocentemente culpado?
E na metafora das palavras reais recaem o vazio, a música e a tua presença ausente. É completamente falho esse sentimento que sequer consegue ser chamado assim.
Apenas o sol, o riso dos desconhecidos e o barulho que o micro faz me acompanham quando forço o tempo a parar só para que me esperes num plano desconhecido, beirando o imaginário. Aqui as coisas, todas as coisas ficam reais mesmo quando nos riem seus absurdos nos fazendo crer que é impossível. O que é impossível? Sei lá. Tô esperando o ônibus até que tá menos frio agora, ainda bem. Comecei o dia com um frio cruel, acho que meus pensamentos é que estão assim. Eu ia dizer coração mas é que tenho me sentido tão racional e é por isso que ele me deixa tão confusa de forma que eu saiba exatamente o que se passa.
As confusões são apenas desculpas, nome aleatório para traduzir a pergunta "por que é assim que acontece"???
Se fosse confusão talvez eu não sentisse medo talvez eu sequer sentisse algo. Eu poderia pensar que esse príncipe está em qualquer rosto e a voz dele poderia ecoar de qualquer canto. A diferença é que até teu silêncio grita no meu ouvido pra me acordar, mesmo que eu veja a lua e tu vejas o sol! Os caminhos que andamos são iguais a diferença é o cenário. O ônibus não pára de sacudir e com ele meus pensamentos dançam, eles se debatem na realidade, se é que você quer saber bem o que acontece por aqui. Será que é uma questão de pensamento, de sentimento ou de ação? O que está fazendo o absurdo ser assim chamado de absurdo? Hum...
Eu penso tanto em transferir a culpa toda para os sentimentos já que são ótimos bodes expiatórios. Culpo os sentimentos pois todos os crimes sentimentais são justificáveis e sempre soam tão inocentes no final. Malditos são os crimes de caráter, de tortura e de destino.
Para mim não sobra nada além de encerrar o devaneio com a sensação de que não deveria nem ter começado.
1 comment:
Eu adorei achar este blogueeeee!!!
Muita coisa boa pra ser lida!
Adorei Freak!
Segue assim que vais mui bien!!
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