E lá se vai mais um dia a espera de uma resposta enfática que não chega nunca. É sempre estou em dúvida, ainda não sei bem o que sinto entre outras coisas que só aumentam a minha aflição e não me deixam com que eu vá pra vida mesmo. Fico na janela, a espreita, esperando o momento em que algum momento feliz passe e eu possa chamar. Só fico olhando os outros passando, sorrindo, contando como suas vidas estão movimentadas e quantas novidades eles têm pra me mostrar. E a minha fica estagnada, dependendo apenas de uma resposta simples que você não quer me dar simplesmente porque não sabe se deve me soltar ou não. Quanto mais seguras essa resposta, mais me prendo às esperanças que já não existem, mas as deixo ali como quadros na parede, presos por um fio muito delicado, quase inexistente...
Não quero pedir pra você soltar esse fio tênue que nos prende numa comunicação que se dá virtualmente, uma comunicação que não comunica nada de novo. Apenas reforça meus sentimentos e reforça a falta dos teus, ou a tua dúvida crescente. A tua dúvida que não me deixa dormir à noite, que não me deixa sorrir, achar graça de algum menino bonito que esteja passando por mim. Nada me despertaria, porém eu voltaria a fazer coisas que meninas fazem...se divertem com coisinhas que na realidade não importam. Mas eu não faço mais isso.
A única coisa que me diverte são minhas lágrimas, converso com meu sofrimento e compartilho a dor com a outra parte de mim que se quebrou depois que você foi embora.
Não existem sorrisos...lá no fundo da minha alma eu não quero sorrir, já não falo com ninguém, mal escuto o que eu mesma tenho pra dizer.
E são as sombras, é o silêncio, é o vazio, tudo que é ausente, nada significa e nada ocupa é que me fazem companhia agora, só porque você insiste em não me deixar ir embora...
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