O sol vem ofuscar meus olhos
Como se eu nunca tivesse visto brilhar
Isso é porque estou dentro de uma caixa
Sou pecinhas de montar
Ele vem com sua imponência
Onipotência
Onipresença
Pega cada peça e muda de lugar
Hoje posso ser casa...
Ser flor...
Ser dor ou ser selva
Ele me monta
Me desmonta
Com a graça do vento me leva
Ele tem olhos brilhantes
Palavras meigas
Quando muda a inclinação da reta
Podem tornar-se ásperas...
Tão ásperas...
Arma-se então o caos
Sou anjo sou demônio
Sou pingo gelado entrando
Por suas costas quentes
Pecinha de montar
Monto o teu amor crescente...
Nesse jogo de montar e desmontar
Muitas peças podem se perder
Tantas outras se quebrar
Estou aqui como que à mercê das tuas vontades
E isso, não quero mudar...
1 comment:
Su. Todo poeta, além da autenticidae e originalidade deve surpreender o público leitor com sua criatividade. Em teu poema Lego, usasses bastante a criatividade e as metáforas dando um belo efeito e encaixe as palavras. Parabéns, amiga. Teus versos são sempre surpreendentes e originais.
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