Friday, 13 July 2007

Dentro de teus olhos

Estou aqui esperando

Impaciente, insistente

Que os céus fiquem limpos

De uma só vez

Ah preciso de teus olhos

Deixe-me ficar aí

Escondida, quieta

Apenas observando

Como é suave o teu respirar!

Pode parecer estranho!

Eu querer por tantas vezes

Sair da minha vida e

Adentrar teu corpo assim

Apoderar-me dos teus olhos

Dos teus lábios! Ah tão doces!

De teus braços e teu cheiro!

Mas só teu corpo sabe

Escrever nessas linhas imaginárias

A denominação do meu universo

Meu olhar é um suspiro! Um canto,

Um sonho bem sonhado, com final

E tudo!

Não posso ter medo de resumir-me

Á ti

Afinal, apesar de meus jeitos de menina

Que por tempos sente-se desprotegida

A mulher que fica guardada, naquela concha

Isolada

Sabe bem como mandar a dor embora

Venha me emprestar teus traços

Para fazer mais versos!

Traga o céu, o mar, seja o meu amanhecer

Faça com que isso valha mais do que apenas

Um simples instante eternizado pelas

Lembranças de nossas almas!

E hoje, digo adeus

Amanhã volto para reconstruir

Mais um pedaço de uma história

Momento, instante, largado no tempo

Eternizando o sorriso

De minha vida até então

Muito triste

Não esqueça, isso não!

Que por estar dentro de seus olhos

Tens de cuidar ao fecha-los!

Não me exponha a uma queda fatal

Guarde-me na palma da mão

Ou me deixe em uma nuvem branca...

1 comment:

José Antonio Klaes Roig said...

Oi, Su. Agora fui eu que fiquei sem palavras pra comentar. Um poema é isso, um turbilhão interior, que os críticos chamam de "fluxo de consciência" e eu de "psicografia literária". Risos. Utilizasse uma imagem poética do olho, que eu também já usei, e conseguisse fazer algo tremendamente original, poético, filosófico... Tua escrita está como o vinho, cada vez melhor... Parabéns, amiga!Nada mais a declarar, senão que continues sempre assim, dando vazão aos sentimentos via poesia... Um abração. Zé.