teu corpo trêmulo se aproxima do meu
eis que perco a palavra, perco a razão
dobramos juntos por esquinas
em busca daquilo que se perdeu
mantemos essa comunicação silenciosa
e o ar parece ficar cada vez mais rarefeito
fazemos rimas, versos, e prosas
enquanto algo estranho arde no peito
porém o meu morrer está mais morto
toda vez que em ti poeto
poeta és tão belo no meu mundo
absorto, sofrido, caído eu quero por perto
e receosa teu redor espreito
teu olhar estudo e teu corpo desejo
e no teu sorrir perfeito
vou fazendo rima, aproveitando o ensejo
desepeço-me dessa folha branca
já que de teu ouvido não disponho para sussurrar
teu silêncio me dói, me fascina, me tranca
num vendaval de incertezas que só me faz rodar.
3 comments:
Olha, só tenho uma coisa bem singela a te dizer, tu, de fato, escreves divinamente! Parabéns!
Não cortes os pulsos
Pois ainda te resta agonia
Que faz com que tenhas impulsos
De ir em frente, atrás da alegria.
E mesmo que a força seja tremenda
A não poderes suportar
Mostra tua altivez estupenda
E prova que podes superar
Ou beba, até tua vida ruir
Afoga teu ser em uma taça
Deixa a morte em tuas veias fluir
E te tornarás do predador, a mais nova caça.
Lindo! A paixão grita em meio a palavras digitadas.
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