Saturday, 31 January 2009

Dia (gonal)

Me sinto pequena e solitária. Na mesa da cozinha, observando as bolhas multicoloridas que se foram na superfície do café, apóio meu queixo na mão esquerda, enquanto desfaço tais bolhas com a direita. A colher move-se de lá pra cá, enfim destruo os mini arco íris (confusa em relação ao hífen ainda) e bebo um gole. Está doce. É do meu gosto que seja doce.

Nunca fui muito boa em descrições de espaço, tempo e ações. Sempre me detive em descrever sensações, suspiros, olhos, mãos e lábios. Agora penso que posso começar a trazer todo o espaço em volta sim, para fazer poesia sim, porque eu quero sim. 

Tudo bem que isso não é poesia, ou pelo menos não tem a forma de uma, mas esses fragmentos soam tão poéticos para mim... 

O volume da televisão está demasiado alto, saio à procura do controle remoto (apenas com os olhos) e já que não o encontro, desisto e sigo pensando.

Partistes? É, eu acho que sim, ainda não sei. Te sinto distante e tão perto ao mesmo tempo e isso se confunde com todas as coisas que penso serem as certas a serem feitas nesse momento. 

Me vejo presa nesse espaço chamado liberdade, a liberdade que sufoca, a liberdade que nos deixa tão soltos que nos vemos ingênuos diante do portal da perdição.

E a  culpa? É sempre tua. Pelo menos dessa vez poupei teus olhos dos mais belos adjetivos. E encerro aqui, antes que mergulhe neles novamente, aqui em pensamento.

2 comments:

Mel said...

Nossa...
Tu escreve sempre tão bem.
Me dá prazer em ler.
Bjus

Mr. Rickes said...

O importante não é o que é ou deixa de ser, mas sim que você escreve. Se um dia perguntarem para você o que escreve, responda: Verdades. Afinal são apenas verdades, reais ou imaginárias, mas verdades do teu ser.
:)

Ahhh!!!
Qual teu nome?