Levada pelas profundezas do mar infinito
Aqui estou dentro de minha concha
Vagando por meio de corais e tubarões
A onda passou, me derrubou
A impressão que tenho hoje
É que o mundo lá fora
Não é o mesmo meu
Tempo, vento, sol, tudo diferente
Não sei ainda o que se passa
Nessa alma toda cheia de lacunas
Essa alma que já foi sugada
Pressionada e arrasada
Isso já passou
A onda veio e me libertou
Como a fênix renascendo de
Suas cinzas
Sou pérola que sai da concha agora
Sou produto do instinto de sobrevivência
Daquela capa, fortaleza
E a luz do sol me ofusca
Ao mesmo tempo me convida
Não estou menos sensível
Não estou fria tampouco egoísta
Sinto que agora finalmente
Nasci e me entrego
Às aventuras do mundo
1 comment:
Oi, Su. Belissima poesia, representação do universo feminino... Perfeita seria se a última frase reporta-se ao título... Assim: "em forma de concha" ao referir-se ao mundo... Algo meio espiral da vida. Mas isso é uma resscritura que um poeta intrometido faria... Está muy belo o poema, irretocável, inatacável... Uma pequena pérola, comm certeza. parabéns, miga... Que bom ser amigo e colega de uma poeta desse quilate. E que novos poemas possas brindar aos teus leitores... Um abração, Zé.
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